ASSISTIDO EM 2016 - POSTADO EM 2018Casado com uma linda mulher, Rory Jasen, trabalha em uma editora de livros, e alimenta o sonho de um dia ter o seu próprio livro publicado. Com o passar do tempo, o sonho vai dando lugar à frustração e Rory chega à conclusão de que nunca conseguirá escrever algo realmente bom. Mas eis que um dia, em uma pequena loja de antiguidades, ele encontra uma pasta com um maço de folhas amareladas. Ao ler, Rory sente-se rapidamente ligado à história e não consegue tirá-la cabeça. Tomado por um impulso, ele começa a transcrever todo o conteúdo para a tela do computador. Palavra por palavra, aquela história começa a ganhar vida através de Rory. Resultado: seu primeiro livro é publicado. Prêmios e fama passam a ser rotina na vida do casal, até o dia em que um frágil senhor encontra Rory e conta para ele como as palavras de seu best-seller foram realmente escritas. O filme é excelente e se utiliza bastante de metanarrativa (uma narrativa para descrever a própria narrativa). No caso, sobre as palavras e a escrita de livros em geral. Confesso que algumas partes eu fiquei em dúvida. No final, ficaram abertas para mim duas interpretações. Entretanto, isso não muda em nada em como o filme é muito bom. O filme começa com um escritor experiente chamado Clay em uma palestra narrando seu mais recente lançamento: “As palavras”. O enredo do livro é um jovem escritor chamado Rory Jansen que não consegue publicar nenhum livro. Um dia, em uma loja de antiguidades, ele encontra uma pasta antiga com umas folhas amareladas. Então, ele resolve publicar como se fosse seu e faz muito sucesso. Isso dura até que um senhor idoso o procura dizendo ser o autor daquelas páginas e explica como elas foram escritas. Paralelamente a isso, Clay seduz uma jovem chamada Daniela nos intervalos de sua palestra que o desafia o tempo todo. O filme mostra praticamente três histórias dentro de uma e fez lembrar-me do hino 126 da Harpa Cristã. Entretanto, não posso dizer como porque isso seria dar spoilers: Os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação e do céu as lindas melodias se ouviram na escuridão Outros temas bastante recorrentes no filme são sobre a importância de tomar cuidado com as nossas escolhas, e em como um talento dado por Deus pode se transformar em idolatria e se tornar a nossa ruína: “Todos fazem escolhas. A parte difícil é viver com elas”. “Minha tragédia foi mais amar as palavras do que amava a mulher que me inspirou a escrever”. Spoilers: O senhor idoso explica para Rory que na década de 40 era soldado e se apaixonou pela vida intelectual através de um colega e também conheceu o amor da vida dele, casaram e tiveram uma filha que morreu logo depois. De tanta tristeza, escreveu rapidamente o livro. Só que a esposa dele o perdeu e, por isso, ele se separou dela e nunca conseguiu superar isso. Rory tenta de todas as formas pagar e consertar, mas não consegue. No final, Clay diz para Daniela que Rory conseguiu seguir em frente, diferente do velho, mas ela percebe que não é verdade e ele a expulsa. Então mostra a cena de Rory e da esposa. Ficamos em dúvida se a história de Rory e a de Clay são exatamente a mesma e ele escreveu o “As palavras” como uma forma de se redimir pelo que fez no passado; ou se Clay escreveu o drama de Rory e do idoso para mostrar que ambos fizeram escolhas erradas como ele estava fazendo ao ter se separado da esposa.
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